Tive ontem um daqueles jantares memoráveis com as minhas amigas Mi e Miriam. Embora nem sempre concordemos com as opiniões e formas de vida umas das outras, ou simplesmente não as consigamos compreender, existe algo, tão diferente em cada uma, que nos faz rir, confidenciar e exorcizar juntas muitos dos fantasmas que pairam sobre a felicidade de cada uma. É terapia da mais barata e da melhor que pode haver.
Ando há que tempos para escrever sobre um facto que me irrita solenemente e esqueço-me sempre... não, não é o facto de estar a ficar senil, embora esse também não me faça muito feliz. É, isso sim, o facto de o portuga cumprir certas normas de trânsito apenas para não ser multado. Não abrandam velocidade ou deixam de passar sinais vermelhos porque é a regra e porque isso lhe confere alguma segurança... não, apenas fazem isso porque a multa é pesada. usam o cinto apenas quando avistam a PSP, cumprem limites de velocidade só quando reparam no Subaru atrás, mandam mails a avisar que a BT tem novos carros... um dia destes até só páram nas passadeiras se houver um polícia em cada uma. O desrespeito que se tem pelas regras e, muitas vezes, pela vida, devia repercutir-se nos próprios condutores que assim se comportam, houvesse justiça no mundo. Como não há, frequentemente quem morre nas estradas é quem ia sossegado...
1 comentário:
É caso para dizer que em Portugal não abunda a contaminação de imperativos categóricos... o que é uma pena... :)
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