Andei uns dias a pensar em escrever ou não este texto. Não queria ser banal. Até que hoje a emoção se apoderou de mim e não quero saber se vou ser banal ou não, quero apenas expressar os meus sentimentos.
Desde cedo que aprendi que há vidas que nos marcam mesmo depois de terem acabado. E podem até ter acabado antes do nosso nascimento ou pouco depois dele, como Bob Marley, Elvis Presley ou John Lennon. A sua música fará sempre parte da nossa vida e possivelmente ainda andará por cá muitos anos.
Depois aprendi que a vida das pessoas famosas que fazem parte do nosso imaginário pode ser interrompida de uma forma abrupta. Foi o caso de River Phoenix, Kurt Cobain, Michael Hutchence e, mais recentemente, Heath Ledger. Todos deixam o seu legado para trás, não desaparecendo por completo.
E agora, perdeu-se um ícone como Michael Jackson. Na fase da vida em que me encontro, não é só uma vida famosa que se perde, é uma parte da infância que morre. Mesmo não sendo uma fã incondicional, o homem marcou toda uma geração e talvez tenha sido preciso morrer para que me apercebesse disso. Só agora descubro o quanto as suas músicas me acompanharam ao longo da vida, como background. E as lágrimas que me escaparam hoje ao ouvir o irmão cantar "Smile" não me permitem deixar passar mais um dia sem escrever este texto. É isto que sinto, que o meu cenário de vida ficou um pouco mais a preto e branco com esta morte. Deixo aqui uma música que conheci muito cedo e que desde sempre adorei.
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