sexta-feira, agosto 29, 2008

Perder um amigo é muito difícil. É difícil acreditar e interiorizar que nunca mais vamos ver aquela pessoa. Nem a rir, nem a cantar, nem ter uma conversa com ela, tomar um copo, mandar-lhe um sms, fazer-lhe um telefonema... coisas tão simples e tantas vezes adiadas. Quantas vezes dizemos "temos que combinar um café"? E quantas vezes realmente combinamos? Um dia, do nada, recebemos um telefonema a marcar um último encontro, o da despedida. E percebemos o quanto aquela pessoa era importante para nós. Não passa a ser importante nesse momento, sempre o foi, mas nunca o percebemos totalmente.

Quando é que vamos meter na cabeça que a vida nos põe pessoas no caminho para que as apreciemos o máximo? Quando é que vamos deixar de permitir que os horários, o cansaço, a preguiça, nos roubem momentos preciosos com quem mais importa?


O meu amigo Artur faleceu na madrugada do passado sábado num estúpido acidente. Lamento profundamente todos os cafés e jantares que adiei ou cancelei, ou que simplesmente não combinei... se de alguma coisa serve tê-lo perdido, será ter noção de que todos os momentos que não passamos a apreciar a vida e os amigos são momentos perdidos, que podem nunca mais repetir-se. Adeus, Artur, descansa em paz...

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