Não sei por onde começar. Tenho um monte de coisas que me apetece contar e comentar. A EDP, os CTT, o referendo do aborto... acho que vou mesmo seguir esta ordem.
A minha saga com a EDP começou quando achei que lucraria ao aderir à tarifa bi-horária. Marcaram a mudança de contador para uma quita-feira. Adiei para sexta. Recebi um mail a confirmar que viriam nesse dia. Na quinta, pelas 15h30, recebo um telefonema a avisar que estavam aqui à porta de casa. Informei que tinha adiado. Na sexta passei a tarde em casa e ninguém apareceu. Segunda-feira reclamei. Depois de 3 telefonemas, cheg+amos ao consenso de ter que marcar outro dia e de me creditarem 15 euros de compensação. Marque outro dia pela net. Nem mail nem gente a confirmar nada. Dei o caso como perdido. Na semana passada telefona-me outra menina, a perguntar se eu não tinha já o contador instalado... tanto quanto eu sabia, não, não tinha... mais me informa a jovem que no sistema diz que já tenho... para verificar quando chegar a casa. Chegada a casa, abro a porta dos contadores... e a porta seguinte encontra-se selada! Como vou verificar se está ou não um contador novo lá metido? Há que usar de tudo para abrir... força, chave de fendas... depois de muito esforço, algo se parte e a porta abre, batendo-me no rosto e partindo-me a haste dos óculos! E lá estava o famoso contador, que agora me fará poupar rios de dinheiro para pagar uns óculos novos... Ah! Os 15 euros ainda não os vi...
Com os CTT também tive uma aventura. Recebi um normal aviso para levantar uma encomenda na estação na minha zona de residência. Como o horário da mesma é incompatível com o meu, decidi pedir o reencaminhento para a estação perto do emprego. Fiz pela net, como faço quase tudo o que pode ser feito. Dois dias depois dirigi-me à estação dos correios com o aviso e é-me dito que não se fazem reencaminhamentos de encomendas enviadas por CTT Expresso. Volto ao emprego e telefono para a estação primeira. Que sim, que a encomenda tem que lá estar porque realmente não se reencaminham envios expresso. Dia seguinte, levo o carro para o emprego, saio à hora em ponto, meia hora antes da estação fechar. Na porta da estação pára uma camioneta, dois minutos antes das 7. Tenho que estacionar e entrar antes das 7, claro. Acho que o carro passa, viro, acelero para estacionar na rampa e... parto o plástico do pisca! Dezenas a olhar para mim na paragem e eu a fingir que não foi nada, páro o carro e lá vou para dentro da estação. Aviso em cima da mesa, de repente dei por mim e toda a gente na estação (que entretanto tinha fechado) estava à procura da mesma coisa: a minha encomenda. No sistema informático tinha coisas fantásticas como "objecto mal endereçado", e eu com o aviso na mão e a morada direitinha lá... Meia hora depois, a chefe da estação lembra-se que talvez seja eu a menina que telefonou de tarde a confirar se tinham reencaminhado ou não aquilo... então é porque reencaminharam, não deviam, mas reencaminharam... Dia seguinte, vou de novo à estação segunda. Nada lá. Mas a menina Andrei lá me fica com o número de telefone para avisar se lá chegar alguma coisa. mando amil para os serviços centrais a reclamar. Respondem a dizer que a encomenda foi devolvida ao remetente. Telefono para o remetente a avisar. Dois dias depois telefona-me a menina Andreia a dizer que acabou de lá chegar a encomenda!!! Escuso-me a comentar mais alguma coisa...
O referendo sobre a despenalização do aborto só vai ser feito em 2006, se for... O Governo diz que se calhar se muda a lei na assembleia sem referendo. O bispo diz que o povo tem que se manifestar sobre o assunto. A Maria, que vive em Sarilhos de Baixo, vai descobrir daqui a uns dias que está grávida do oitavo filho porque o preservativo rompeu. Decide abortar. O que tem o governo, o povo ou o bispo a ver com isso? Nada, porque a Maria até tem uma médica de família que lhe facilita a vida com um medicamento porreiro... e se a médica por acaso não resolver, há a costureira lá da aldeia que lhe faz o serviço em troca de uns 30 euros. Claro que a Maria pode ter complicações e vai gastar uns milhares aos contribuintes para ser tratada depois num hospital à maneira. Com azar até vai a julgamento por ter abortado, gastando mais uns milhares. Mas os homens deste país decidiram que são contra o aborto e nunca terão de abortar...
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