quarta-feira, agosto 28, 2013

Fénix

Das cinzas, resgato agora este blog. Não é à toa que aplico esta expressão. Das cinzas é de onde vamos ter que renascer daqui em diante. O país, da crise e do fogo, e eu, do enredo em que me encontro. Talvez me tenha queimado há cerca de 6 meses, quando decidi deixar o emprego que tinha há quase 7 anos. Talvez. Chamusquei-me, vá. A crise, essa palavra que nos tem assombrado há tempo demais, não me convence. Não é desculpa para deixarmos de investir em nós e no país, para nos deixarmos encostar em empregos infelizes, hipotecando qualquer ideia de sucesso ou de realização pessoal e, com isso, pondo em risco o nosso equilíbrio como seres humanos com valores, família e filhos para educar. Sim, digam lá, que loucura optar pelo desemprego quando as coisas estão tão más. Ouvi isto dezenas de vezes. Daqui a uns anos, vou dizer aos meus filhos que abdiquei de um salário pelo tempo em família que o trabalho me roubava. Era o que me sentia, roubada de um bem precioso! O salário faz-me falta, mas há coisas que não têm preço.
Faz hoje 50 anos que Martin Luther King fez o tão famoso discurso: "I have a dream!" Eu também tenho. Não sei como materializá-lo ainda, mas hei-de conseguir fazê-lo.
A vida continua e anda para a frente. Nas crianças temos, todos os dias, o exemplo de não viver o passado, mas sempre o presente e o futuro. E acreditar que amanhã vai ser um dia bom, coisas fantásticas vão acontecer. A mudança nunca é má. O passado, bom ou mau, serve apenas para nos lembrar do que aprendemos com ele. O resto é conversa.

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