Vou dizer coisas que me vão na alma. Vou mesmo, sem dó nem piedade. Estão desde já avisados. Se continuarem a ler, é provável que se vão sentir melindrados. Estão por vossa conta e risco. Não quero saber, deixei de querer. Deixei de ser boazinha por um dia.
Nunca tive uma melhor amiga. Tenho várias boas amigas, mas sempre tiveram relações entre elas mais próximas do que comigo. Gostava de ter, ou de ter tido uma melhor amiga. Gostava aliás de ter um grupo de amigos com quem não fosse preciso quase combinar nada, que estivesse garantido estarmos juntos ao fim-de-semana, por exemplo. Neste momento, é preciso quase um requerimento para marcar um café ou um jantar. Nunca podem, e quando podem tenho a certeza de que não é comigo que vão marcar nada.
Isto são as minhas amizades mais próximas. Culpa de ninguém, mas uma tristeza. Há coisas na minha vida que não tenho ninguém com quem falar. Ninguém.
Depois há a família. Longe vão os dias em que me orgulhava de ter uma família unida. Não tenho. Para estar com uns não posso estar com outros. Culpa de ninguém de novo. Ainda assim são quem está mais próximo e sempre lá.
Os amigos mais recentes. Os do forum das mães, dos aquários, dos gatos, do Facebook. Uma grande fachada. Na verdade, se hoje decidisse fechar a conta do Facebook, seria interessante contabilizar quantos restariam daqui a uns meses, ou com quantos estaria em pessoa no próximo ano. Ainda vou pensar bem se não faço isso. São muitos, uns mais "a sério" do que outros, uns do passado outros do presente. Gosto de os ter, de manter o contacto. Mas no fundo, isso conta para quê? Sim, dirão os meus mais recentes colegas de curso, é network... seja lá para o que isso pode servir. É como as colegas do meu ex-trabalho. Eramos dezenas, conversávamos todos os dias, partilhávamos vidas inteiras. Saí de lá há 9 meses e falo com duas ou três colegas às vezes.
Em tudo isto há tanta desilusão. De que me adianta dizerem que sou tão boa pessoa, se depois não partilham das minhas causas e não as respeitam? De que me adianta tanta gente gostar do que partilho, dizer que os meus filhos são lindos e depois não ter ninguém com quem me sinta à vontade para telefonar só porque sim? De que me adianta ter uma família presente se não sinto que se orgulham de mim? De que adianta estar disponível para todos se ninguém conta comigo ou precisa de mim? Culpa minha que me iludo. Sou uma sonhadora. Ninguém me leva a sério por causa disso. É um beco sem saída.
Eu sei que ninguém é obrigado a estar comigo, a ajudar os meus projectos ou a dar-me seja o que for. E sou mais de dar do que de receber. Mas pelo menos não digam coisas da boca para fora e não façam promessas que não tencionam cumprir. Também há dias em que me apetece dizer "chega!".
Acordar com Gatos
Desabafos, revoltas, alegrias e fait-divers!
segunda-feira, dezembro 16, 2013
quinta-feira, agosto 29, 2013
Um café pode ser tudo o que é preciso
Quantas vezes dizemos que temos que combinar um café? E quantas vezes combinamos? Na verdade, todos somos culpados de passar semanas ou meses sem ver alguns amigos. A verdadeira amizade não se perde por aí e, acontecendo estar juntos, retoma-se a conversa do ponto onde terminou, e acaba-se o encontro com um "temos que combinar isto mais vezes". Não há explicação para não fazermos mais vezes coisas que nos dão prazer e nos deixam felizes. Ou talvez haja, o velho stress, falta de tempo... contornáveis, é claro.
Hoje fui tomar café com uma velha amiga da faculdade e da vida após essa etapa. Costumávamos passar o dia juntas nas aulas, às vezes em trocas non stop de bilhetes (o que eu gostava de reler isso!), falávamos ao telefone imenso, saímos juntas com mais amigos... depois a vida tomou conta da vida e não estamos juntas muitas vezes. Hoje fomos tomar um café. Num sítio lindo e novo em folha, a inspirar o futuro. Falámos de projectos, saímos de lá com o próximo café já marcado, no mesmo sítio. Eu saí de lá, para além disso, com ideia de um curso e de uma formação para fazer, e uma motivação refrescada! É isto que precisamos todos, pequenos momentos, grandes inspirações!
quarta-feira, agosto 28, 2013
Fénix
Das cinzas, resgato agora este blog. Não é à toa que aplico esta expressão. Das cinzas é de onde vamos ter que renascer daqui em diante. O país, da crise e do fogo, e eu, do enredo em que me encontro. Talvez me tenha queimado há cerca de 6 meses, quando decidi deixar o emprego que tinha há quase 7 anos. Talvez. Chamusquei-me, vá. A crise, essa palavra que nos tem assombrado há tempo demais, não me convence. Não é desculpa para deixarmos de investir em nós e no país, para nos deixarmos encostar em empregos infelizes, hipotecando qualquer ideia de sucesso ou de realização pessoal e, com isso, pondo em risco o nosso equilíbrio como seres humanos com valores, família e filhos para educar. Sim, digam lá, que loucura optar pelo desemprego quando as coisas estão tão más. Ouvi isto dezenas de vezes. Daqui a uns anos, vou dizer aos meus filhos que abdiquei de um salário pelo tempo em família que o trabalho me roubava. Era o que me sentia, roubada de um bem precioso! O salário faz-me falta, mas há coisas que não têm preço.
Faz hoje 50 anos que Martin Luther King fez o tão famoso discurso: "I have a dream!" Eu também tenho. Não sei como materializá-lo ainda, mas hei-de conseguir fazê-lo.
A vida continua e anda para a frente. Nas crianças temos, todos os dias, o exemplo de não viver o passado, mas sempre o presente e o futuro. E acreditar que amanhã vai ser um dia bom, coisas fantásticas vão acontecer. A mudança nunca é má. O passado, bom ou mau, serve apenas para nos lembrar do que aprendemos com ele. O resto é conversa.
sexta-feira, novembro 09, 2012
As unhas da Merkel
Quando só se fala de crise, da vinda da Merkel e coisas deprimentes assim, ir à manicure e ter unhas que mudam de cor consoante a temperatura, parece-me tão divertido como se tivesse um brinquedo novo! Quase sempre são as coisas simples da vida que nos fazem sorrir. A Merkel, se tivesse umas unhas assim, era mais bem disposta!
quarta-feira, novembro 07, 2012
Renascimento
Vou tirar este blog das cinzas e voltar a escrever. Apetece-me. Há eleições nos EUA, troika em Portugal, mau tempo na Madeira, nomeados na Casa dos Segredos, o Porto está nos oitavos de final da Liga dos Campeões. Tenho um gato para adopção (amanhã talvez já não tenha!), acabo de me inscrever numa instituição de treino e terapias assistidas por animais. Estou a querer mudar de vida, sendo que há muito na vida que não quero mudar. Tenho dois filhos maravilhosos, dois cães, três gatos, uma família fantástica. Adoro a minha cidade e o meu país. Tenho poucos mas bons amigos. Tenho um monte de gente que gosta de mim. E eu gosto de quase toda a gente. Mas quero ser mais, fazer a diferença, tenho uma necessidade física de ser útil, de agradar, de dar, de contribuir para um mundo melhor. Um mundo que pode começar por um sorriso, um gato, uma sms inesperada. Sou assim, pequenina, e com gestos pequeninos vou fazendo grandes coisas :)
segunda-feira, abril 19, 2010
terça-feira, fevereiro 23, 2010
quinta-feira, novembro 19, 2009
Lista de Natal
- Contentor de reciclagem de cápsulas Nespresso
- Totem - torre distribuidora de cápsulas Nespresso
- Prancha alisadora de cabelo
- Bíblia (não tenho uma e acho que devia...)
- Livros em geral
- Meias antiderrapantes (faço colecção!)
- GPS côderrosa!
- O cd da Wii Sports que dá na tv e que permite exercitar zonas difíceis
- Umas massagens pós-parto ou coisa parecida, num spa ou assim :)
- ...estejam atentos a actualizações :)
sábado, novembro 07, 2009
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